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CERVEJA: UMA VIAGEM

Vou contar o que aprendi sobre cervejas. Quando conheci o Eduardo, eu não dava a menor bola para a bebida. Nunca foi do meu agrado sentar com amigos e passar a tarde toda tomando aquela “gelada”. Prefiro os vinhos, para se beber em dias frios e bem acompanhada. Mas com o tempo a gente aprende a apreciar os sabores da vida. Melhor qualidade do que quantidade, certo, meus leitores?

Bom, quando o Eduardo me contou que adorava cervejas logo pensei que não daria certo. Um dia ele apareceu em casa carregando alguns rótulos a tira colo e quase tive um treco! Pensei: vou ter que beber isso tudo!? Passado o susto inicial, para a minha surpresa, passei a apreciar a bebida. Mais do que isso, passei a querer saber das receitas e combinações de ingredientes. Sair para tomar uma “breja” virou diversão. Não pelo teor alcoólico e seus efeitos, mas pela história que cada rótulo apresenta e representa. É claro que estou escrevendo sobre as cervejas artesanais, e isso faz toda a diferença. Uma cerveja feita com cuidado para ser apreciada, feita para poucos e desenvolvida para proporcionar uma experiência diferenciada. E não pense que isso é novidade! As pequenas cervejarias já existem no país desde o século 19, quando todo o processo era caseiro, feito pelas próprias mãos.

Diferença. Eu só fui entender a diferença de sabores quando embarcamos em uma viagem para a Bélgica. O Edu foi pelas cervejas e eu pelos chocolates, claro! Mas sabe que acabei me esbaldando na “cerva” e nas batatas fritas? Impossível ficar alheia ao líquido dourado vindo direto da fonte. Visitamos a “Halve Maan Brewery”, cervejaria que produz a “Zot” e a “Straffe Hendrik”, duas deliciosas cervejas belgas que, infelizmente, não é igual quando bebida por aqui. O tempo e as condições no trajeto da importação devem alterar de alguma forma o produto. Mas a sorte é que não precisamos ir tão longe, o mercado das cervejas artesanais está bombando por aqui. Durante as gravações para a séries “Mercados”, recebi uma missão do Edu: levar uma cerveja regional de cada capital por onde eu passasse. Consegui cumprir o desafio, com louvor! Em quase todos os nossos estados podemos encontrar boas cervejas locais. A região sul, principalmente os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, é a mais famosa devido a colonização alemã que trouxe a tradição. Minas Gerais também está despontando no páreo. O tradicional estado da cachaça agora investe no setor e hoje produz mais de 1 milhão de litros por mês. Já é chamada até de a “Bélgica brasileira”.

Em nossa passagem pelo estado, incluímos visitas a Ouropretana, em Ouro Preto, e a Wals e a Backer, em Belo Horizonte. Cada uma ao seu estilo, assim como as cervejas que produzem. Conversamos com mestres cervejeiros e com os donos das fábricas e o que vimos foi que todos sentem um grande prazer em “cozinhar” para gente. Imagino que um sorriso após cada gole de cerveja represente uma enorme satisfação para quem pensou, testou, errou, acertou e produziu uma receita de cerveja. Mulher no mercado de cervejas pode até ser novidade, mas faz muito tempo que nós entendemos de cozinha. Por isso, podemos falar com segurança sobre o assunto, produzir cervejas ou apenas apreciar alguns goles. Assim como a comida caseira e o povo hospitaleiro de Minas, a Ouropretana é dez!

Essa e outras, logo mais no Canal Dois a Bordo. A saideira?

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